-Estamos vendo nos noticiários os movimentos de alguns países importantes em relação ao “boicote” do dólar em suas transações comerciais. Países como Brasil, China e Índia podem começar a fazer negócios entre si em suas respectivas moedas.
-Eis que surgem algumas perguntas e que precisam ser respondidas:
a) Para quem é bom esse tipo de arranjo? Para o mais forte ou o mais fraco? b) O Brasil realmente poderá se beneficiar ao adotar esse tipo de comercialização? E se a reposta for sim, por quanto tempo? Curto, médio ou longo prazo?
-Talvez a reposta esteja no texto abaixo, no breve resumo onde exploro o nascimento a ascensão do dólar!
O NASCIMENTO DO DÓLAR, UM BREVE RESUMO
-O dólar americano foi criado como unidade monetária em 1792 após o Congresso dos Estados Unidos utilizar como referência a “Lei da Moeda”.
-Antes da criação do dólar, as transações comerciais eram feitas em sua maioria através do “Real de a Ocho”, uma moeda cunhada pelo Império Espanhol e que “dominava” a região.
-Com o domínio da moeda Real de a Ocho no comércio local, a Lei da Moeda foi criada pelo Império Britânico em 1764 para proibir as colônias americanas de cunhar dinheiro, ou, de comercializar com a moeda “espanhola”, com intuito de proteger os credores e mercadores ingleses de serem pagos com moedas depreciadas.
COMO O DÓLAR EMERGIU DENTRE AS DEMAIS MOEDAS?
-O protagonismo do dólar nos dias atuais teve seu início após o fim da segunda Gerra Mundial, ocorrida entre 1939 a 1945, onde, os EUA acompanhado de seus aliados conseguiram a vitória. Isso marcou os EUA como a principal potência à época, visto que a Europa estava totalmente devastada.
-Como principal economia do pós-Guerra, a “assistência” dos EUA na “reconstrução” dos países destruídos fez com que a nação ganhasse notoriedade mundial através de seus produtos e serviços. Por isso, a moeda americana começou a ser demandada nas transações comerciais e ganhou mais espaço no cenário mundial.
-Antes do fim da guerra e com o intuito de transformar o dólar na única moeda de comércio global, os EUA convocaram a Conferencia de Bretton Woods em 1944. Essa conferência reuniu 45 nações para definir as bases monetárias do sistema financeiro internacional e estabelecer a moeda americana como referência para as demais moedas e para o comércio internacional, atrelando o valor do dólar ao ouro. Nessa conferência também foram criados o Banco Mundial e o FMI.
-A “restauração” da Europa se deu através de empréstimos e programas de ajuda dos EUA, conhecidos como “Plano Marshal”. Porém, com essa “ajudinha”, uma importante moeda que dominavam as cenas comerciais antes do dólar, a libra esterlina, foi substituída tão rapidamente que a Inglaterra como a maior credora dos EUA, passou a ser a maior devedora.
-Algumas décadas após o fim da guerra e com a “pilhagem” dos EUA aos demais países (ofertando produtos, “ajuda” e empréstimos, o que hoje a China faz com os países mais pobres, “pilhagem”), manter esse padrão era quase que insustentável e, logo, chegou ao fim o sistema de Bretton Woods, no ano de 1971, quando Richard Nixon desvinculou o valor do dólar com do ouro, pondo fim ao conhecido “padrão ouro-dólar”.
-Com o fim do padrão ouro-dólar em 1971, hoje vivemos sob o padrão “impressoras”. Como as impressoras são quase ilimitadas, se estiver faltando algum dinheiro basta imprimir um pouco mais!
-Assim como aconteceu com o sistema de Bretton Woods, ficando insustentável mantê-lo ao longo do tempo, será que o dólar perderá sua hegemonia por conta do fim do padrão ouro-dólar?
-Sabemos que com o padrão ouro a impressão de dinheiro era regulada pela quantidade de ouro em reserva, porém, com o padrão atual não temos uma regulação sobre a quantidade de dinheiro que um país pode imprimir!
-Hoje, o lastro de uma moeda fiduciária é o povo, que pagam seus impostos. Vou utilizar-me de uma lógica simplista ao extremo para tentar explicar de forma “burra” como um país consegue gerar mais dinheiro.
-Citarei dois exemplos de caminhos para que um país tenha mais dinheiro disponível (imprimir): 1) Elevar sua produção de produtos de valor agregado, aumentando suas exportações, o que aumenta sua reserva de valor; 2) Recorrer ao aumento de impostos, sacrificando seu povo para manter a impressão de dinheiro!
-Penso que o Brasil realmente gosta de ser vassalo! Como dizem: “O Brasil não perder a oportunidade de se perder grandes oportunidades”.
-A impressão que tenho é que tudo que acontece com o Brasil é completamente intencional; as péssimas decisões, os desarranjos quando se acertam alguma coisa, a “injurisprudências” constantes. Me desculpem, não tem como não ser proposital!
-Façam vossas análises e bons negócios. -Seja Consciente, Se comprar, Use Stop! -Veja abaixo outras análises gráficas!
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